10/10/2023
Prever o futuro seria suficiente para obter o sucesso na gestão de fundos?
Se alguém pudesse prever consistentemente as melhores ações para os próximos 5 anos, ainda assim você provavelmente o demitiria no meio do caminho.
Você já parou para pensar se, por algum milagre, alguém pudesse prever com 100% de precisão as ações que vão performar melhor nos próximos cinco anos? Seria um sonho para qualquer investidor. No entanto, você ficaria surpreso ao saber que, em teoria, levaria à demissão deste “Deus” pelos cotistas. Como assim?
Em um recente episódio do Market Makers #60, Florian Bartunek trouxe à tona um estudo fascinante. A análise tomou como base o retorno bruto de cinco anos, incluindo dividendos, das 500 maiores empresas americanas. Criaram-se portfólios de 50 empresas, todos eles ponderados por market-cap e rebalanceados a cada cinco anos desde 1927 até 2016.
Esta pesquisa é essencialmente uma viagem hipotética, um experimento pensado para entender o que um investidor de longo prazo que pudesse prever o futuro realmente alcançaria.
O resultado? Como esperado, o portfólio que tinha conhecimento prévio do retorno futuro das ações, obteve um desempenho espetacular, rendendo cerca de 29% ao ano. No entanto, nem tudo são rosas. Mesmo o “portfólio perfeito” trouxe uma quantidade surpreendente de desafios e dores de cabeça para seus investidores.
O portfólio divino enfrentou severos reveses ao longo dos anos, sendo o pior deles uma queda de 76%. Em vários momentos, essa queda foi ainda mais acentuada do que a registrada pelo índice S&P500, seu benchmark. A volatilidade, por sua vez, também excedeu regularmente a média do mercado.
Agora, imagine se “Deus” decidisse gerenciar um Hedge Fund. Afinal, se consegue prever as melhores ações, com certeza também saberia quais ações teriam a pior performance nos próximos 5 anos. Isso possibilitaria a criação de uma estratégia Long & Short. O resultado? Um retorno anualizado de 46%. Mas, novamente, até esse Hedge Fund divino enfrentaria reveses significativos.
O mais intrigante é que, em comparação relativa, o índice passivo superaria frequentemente o desempenho do Hedge Fund divino. Em outras palavras, “Deus”, atuando como um investidor ativo, seria superado em várias ocasiões.
Então, qual é a lição que podemos tirar disso? Este estudo reforça uma verdade que todos os investidores ativos devem internalizar: é fundamental manter um horizonte de investimento de longo prazo. A natureza volátil dos mercados exige mais do que previsão – exige paciência, perspectiva e estratégia. Mesmo se alguém tivesse o poder de prever o futuro, os desafios do mercado seriam inevitáveis. Como investidor, sempre vale a pena lembrar que investir não é sobre ganhos imediatos, mas sim sobre a visão e a estratégia que se tem a longo prazo. Pense nisso na próxima vez que considerar suas opções de investimento!
Fonte: https://alphaarchitect.com/2016/02/even-god-would-get-fired-as-an-active-investor/
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
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